Componentes integrados

Componentes integrados


Componentes integrados



Com exceção do processador e da memória, as placas tudo-onboard atuais são praticamente PCs completos. Em alguns casos, até o processador vem pré-instalado ou soldado à placa, de forma que você só precisa instalar a placa dentro do gabinete, instalar o HD e espetar um pente de memória para ter um PC completo.


De uma forma geral, não existe muita diferença em colocar um mesmo chipset de rede em uma placa PCI, instalá-lo diretamente à placa-mãe ou integrá-lo diretamente ao chipset. O circuito continua sendo o mesmo e, se não forem feitas modificações no projeto, a qualidade e o desempenho também. A vantagem é que a integração torna o conjunto bem mais barato, o que abriu as portas para o surgimento de PCs de baixo custo, como os que temos hoje.


Os componentes integrados à placa-mãe podem ser desativados através da seção "Onboard Device Configuration", "Features Setup" ou "Integrated Peripherals". Algumas das opções que incluo neste tópico estão espalhadas por outras seções, como a "PCI / Plug and Play Setup" ou "Advanced > Chipset", mas optei por combiná-las, pois estão relacionadas ao tema.


Você pode desabilitar os componentes que não pretende utilizar, ou que pretende substituir, como no caso da placa de som ou rede, por exemplo. Isso facilita a parte de instalação dos drivers e a configuração do sistema. Embora os conflitos de IRQ sejam relativamente raros hoje em dia, devido às tecnologias que vimos no final do capítulo sobre placas-mãe, desativar alguns componentes da placa reduz a possibilidade de eles ocorrerem, o que é sempre desejável.


De qualquer forma, é importante checar as opções, nem que seja apenas para verificar se todos os componentes que vai usar estão ativados.



Opções para ativar/desativar os dispositivos integrados


Primary Graphics Adapter: Um recurso muito utilizado nos PCs atuais é a possibilidade de usar dois ou mais monitores, o que é suportado desde o Windows 98. Você pode combinar duas ou mais placas de vídeo, cada uma com uma ou duas saídas, para instalar 2, 3, 4 ou mesmo 9 monitores no mesmo PC. Esta opção permite especificar qual das placas instaladas assumirá a função de vídeo primário. Normalmente você pode escolher entre "PCI" e "PCI Express" ou "AGP".


Em geral, a placa de vídeo onboard não pode ser usada em conjunto com uma placa offboard AGP ou PCI-Express (ao instalar a placa offboard, a onboard é automaticamente desativada), mas existem exceções. Muitas placas atuais são capazes de repartir as linhas PCI Express entre o slot x16 e o vídeo onboard, permitindo usar ambos simultaneamente. Existem ainda os casos da PC-Chip, ECS e ASRock, que combinam slots PCI Express com um slot AGP ou AGP Express. Neste caso você tem ainda mais opções:



Configuração da placa de vídeo primária


Share Memory Size: Como era de se esperar, esta opção permite ajustar a quantidade de memória RAM compartilhada com o vídeo onboard. Naturalmente, usar um valor baixo prejudica o desempenho da placa em jogos e aplicativos 3D (já que ela não terá memória suficiente para armazenar as texturas) mas, por outro lado, não altera o desempenho da placa em aplicativos 2D.


Micros de baixo custo quase sempre combinam o vídeo onboard com pouca memória RAM. Parte da memória é compartilhada com o vídeo, deixando ainda menos para o sistema. Entre 2005 e 2006 foram vendidos muitos PCs com apenas 128 MB de RAM, onde 32 ou até mesmo 64 MB eram compartilhados com o vídeo onboard, deixando apenas 96 ou 64 MB para uso do sistema(!!!), um verdadeiro crime.


Em casos de micros com 256 MB (ou menos), ou que serão usados apenas para navegar e rodar aplicativos de escritório, é interessante ajustar a opção com o valor mais baixo possível. Em muitas placas o mínimo permitido são 32 MB, mas outras permitem usar até 8 MB. Uma observação é que, em algumas placas, usar menos de 32 MB faz com que o boot trave durante a ativação do vídeo (pelo sistema operacional). Este problema está mais relacionado aos drivers do que ao hardware propriamente dito.


Onboard LAN (Ethernet Device, Onboard Giga LAN, Onboard PCIEX GbE LAN, etc): Permite desativar a placa de rede onboard. Em situações normais, não existem muitos motivos para desativar a rede onboard, já que você pode perfeitamente ter duas placas de rede instaladas, mesmo que pretenda usar apenas uma. De qualquer forma, você pode precisar desativá-la em casos de conflitos ou queima.


Onboard LAN Boot ROM: Esta opção permite desativar a ROM da placa de rede onboard, que contém o cliente PXE, usado para dar boot via rede. Ao desativar esta opção, o Setup deixa de oferecer a opção de boot via rede na configuração da ordem de boot.


Audio Device (Audio Controller, AC97 Audio, HD Audio ou HD Audio Controller): Opção para desativar o som onboard, útil ao instalar uma placa offboard. Embora seja perfeitamente possível ter duas placas de som instaladas, isso torna a configuração um pouco mais trabalhosa, já que você precisa indicar qual placa usar na configuração do sistema. Se você não vai usar o som onboard, acaba sendo mais fácil desativá-lo de uma vez.


Uma curiosidade é que headsets, caixas de som e webphones USB incluem um controlador de áudio e são vistos pelo sistema como placas de som completas, ao contrário dos headsets baratos, que são simplesmente ligados nas saídas da placa de som. Ao usar o Skype, ou outro cliente VoIP, você especifica qual dispositivo usar nas configurações.


Game Port Address, Midi Port Address, Midi Port IRQ: Estas opções permitem alterar os endereços de IRQ e I/O utilizados pela porta do joystick e Midi da placa-mãe (que compartilham o mesmo conector). Estas opções existem apenas para casos onde você precisa instalar duas portas de joystick no mesmo micro (seja usando um adaptador avulso, ou uma segunda placa de som). Atualmente o mais comum é que sejam utilizados joysticks USB, de forma que estas opções, junto com o próprio conector de joystick da placa de som, estão caindo em desuso.


Modem Device: Nas placas com modem onboard, esta opção permite desativá-lo, o que pode ser feito quando quiser usar um modem externo, ou se você acessa via banda larga e simplesmente não pretende utilizá-lo.


É importante notar que o modem onboard é sempre dividido em duas partes: o circuito controlador integrado ao chipset e um riser contendo os circuitos analógicos, que é instalado em um slot AMR ou outro conector. Mesmo que o riser não esteja instalado o controlador do modem continua ativo, ocupando um endereço de IRQ e, em alguns casos, causando conflitos diversos com a placa de som, já que os dois geralmente compartilham o mesmo chip DSP. Desativando esta opção, você corta o problema pela raiz.


Serial Port1 Address: Um número impressionantemente grande de placas recentes ainda oferece uma porta serial. Em muitos casos, ela não faz parte do painel ATX, como antigamente, mas fica disponível na forma de um conector interno. Esta da foto não é uma placa antiga, mas sim uma Asus M2V, uma placa comprada em plena segunda metade de 2007. À primeira vista o conector parece ser o header de um par de portas USB, mas o "COM1" denuncia sua função:



Vaso ruim não quebra :)


Se você conseguir um cabo serial, talvez roubado de um PC antigo, pode usar a porta para conectar seu velho Palm Pilot ou qualquer outro dispositivo que tenha guardado. Esta opção do Setup permite ajustar os endereços de IRQ e I/O usados por ela, ou desativá-la. Antigamente era muito comum precisar alterar o endereço da porta serial para evitar conflitos com um modem ISA, mas hoje em dia isso é raramente necessário. De qualquer forma, se você não vai usar a porta, é sempre prudente desativá-la para liberar o endereço de IRQ.


Onboard IR Port: Muitas placas placas possuem um header para a instalação de um transmissor infravermelho externo, incluído no lugar da segunda porta serial. O transmissor não é um acessório caro, mas é incrivelmente incomum e difícil de encontrar, o que faz com que a maioria das pessoas que precisam de uma porta IR comprem um transmissor USB. É sempre interessante desativar esta opção, liberando mais um endereço de IRQ.


Onboard Parallel Por Address, Parallel Port Mode, Parallel Port IRQ: Assim como a porta do drive de disquetes, a boa e velha porta paralela persiste nas placas novas, mantendo a compatibilidade com o grande contingente de impressoras e scanners paralelos ainda em uso. Como a grande maioria destes dispositivos antigos não possuem drivers para o Vista (em muitos casos nem para o XP), é bem provável que a maioria acabe sendo descartada por falta de drivers, antes do que por falta de suporte por parte das placas-mãe. Curiosamente, o suporte a impressoras antigas é atualmente bem mais completo no Linux do que no Vista, pois a maioria dos drivers são desenvolvidos de forma independente dos fabricantes e por isso continuam sendo atualizados mesmo depois que a impressora é descontinuada.


Estas três opções permitem ajustar os endereços e o modo de operação da porta paralela. Embora muito incomum, é possível usar até três portas paralelas no mesmo PC, usando os endereços de I/O 378, 278 e 3BC e endereços de IRQ e DMA diferentes para cada uma. Mas, ao usar apenas uma, não existe motivo para alterar os endereços padrão.


Existe ainda a questão do modo de operação, que pode ser configurado com os valores "Normal" (o mais lento), "EPP", "ECP" e "EPP+ECP". O modo ECP é o mais rápido e permite uma menor utilização do processador durante o uso da porta devido ao uso de um canal de DMA. Ao usar o ECP, você pode se deparar com alguns casos de incompatibilidades com impressoras e scanners antigos, que suportam apenas o padrão EPP. O modo "ECP+EPP" ativa uma camada de compatibilidade com o padrão anterior, que resolve o problema na grande maioria dos casos. Quando disponível, ele é a opção recomendável.


Onboard USB Function (USB Ports Enable): Esta opção permite desativar as portas USB da placa-mãe, o que naturalmente não é recomendável hoje em dia, já que o USB é o barramento mais usado para a conexão de periféricos externos.


Esta opção surgiu junto com as primeiras placas soquete 7 baseadas no chipset 430VX. O 430VX incluía um controlador USB integrado, mas na época o USB era um padrão muito novo e era muito raro que as portas fossem utilizadas. Desativá-las era, então, uma forma de liberar um endereço de IRQ.


Legacy USB Support (USB Function for DOS): Esta opção ativa uma camada de compatibilidade, que permite o uso de mouses e teclados USB em programas MS-DOS. Em algumas placas, é necessário manter esta opção ativada para que o teclado USB possa ser usado para configurar o setup. Mantê-la ativada também permite solucionar problemas de detecção do mouse e do teclado USB em versões antigas do Windows e também no Linux.


Por outro lado, esta opção é famosa por causar problemas no Windows 98/SE/ME, onde o sistema freqüentemente travava durante o boot quando a opção estava ativada, procurando um teclado USB que não existia. De uma forma geral, é preferível deixar esta opção desativada e ativar apenas em casos onde precise dela.


USB 2.0 Controller Mode: Esta opção, presente em algumas placas com portas USB 2.0, pode ser configurada com os valores "HiSpeed" e "FullSpeed". Alguém poderia achar que o valor "FullSpeed" é algum tipo de acelerador, mas é justamente o contrário. O modo "HiSpeed" é o padrão de 480 megabits usado pelo USB 2.0, enquanto o "FullSpeed" é o modo de 12 megabits, utilizado no padrão original. Como você pode imaginar, configurar esta opção com o valor "FullSpeed" simplesmente rebaixa a velocidade das portas USB para os 12 megabits do padrão 1.x. A única utilidade desta opção é servir como uma forma radical de solucionar os raros problemas de compatibilidade com periféricos USB antigos.


PS/2 Mouse Support (PS/2 Mouse Function Control): Esta opção permite desativar a porta PS/2 da placa-mãe. Ela é mais uma opção herdada da época das placas soquete 7, onde a porta PS/2 nem sempre era usada (já que os mouses seriais eram os mais comuns e muitas placas sequer acompanhavam o cabo necessário). A porta PS/2 consome um endereço de IRQ (o IRQ 12), por isso alguns preferem desativá-la ao usar um mouse USB.


Onboard Floppy Controller, Boot UP Floppy Seek, Swap Floppy Drive: Estas são três opções relacionadas à porta do drive de disquetes, ainda presente mesmo nas placas de fabricação recente. A primeira permite desativá-la completamente, liberando o endereço de IRQ usado por ela. A segunda tem o efeito oposto; faz com que o BIOS procure por um drive de disquete durante o boot, o que retarda o boot em alguns segundos. Ela é uma opção obsoleta para solucionar problemas com a detecção do drive. A última permite trocar a posição dos drives (o A: vira B: e o B: vira A:) caso existam dois drives instalados. É outra opção obsoleta.



Autor: Thyago Henrique Pacher

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